quarta-feira, 18 de março de 2015

EMBARCANDO PELO MUNDO - COSTA AMALFITANA

Costa Amalfitna
O século 9 marca o início dos "séculos azuis" na Itália. Em plena Idade Média, cidades costeiras começaram a se desenvolver graças ao comércio marítimo. A prosperidade econômica trouxe independência política, e as chamada Repúblicas Marítimas, termo cunhado no século 19 para denominar as cidades Amalfi, Pisa, Genôva e Veneza, mantiveram forte intercâmbio com a países não europeus enquanto os outros Estados do continente ainda permaneciam em suas próprias fronteiras. A autonomia das repúblicas durou até o século 18, quando duas das últimas cidades livres sucumbiram a Estados mais fortes.

A primeira a tornar-se independente (e a primeira a cair, três séculos mais tarde) foi Amalfi, no ano 839, que em seu auge, tinha 70 mil habitantes, número extraordinário e meio inacreditável ara quem visita a diminuta cidade hoje (segundo o último censo italiano, de 2010, menos de 6 mil pessoa vivem na comuna). Há pouco para se ver daquela época por lá: um terremoto varreu para o mar construções e moradores encontram pedaços da cidade antiga no mar, e os pesquisadores das universidades de Salerno e Nápoles acreditam que um verdadeiro tesouro arqueológico ainda se esconde sob as águas.

Para os turistas, se existe algum tesouro, ele já foi descoberto há tempos, encravado nas montanhas e debruçado sobre costões ao longo de 34 sinuosos quilômetros de estrada que separam três joias da região: Ravello, Amalfi e Positano.

A Amalfi superturística de hoje nasceu no início do século 20, após centenas de anos de pobreza, deslizamentos de terra e invasões de povos estrangeiros. Os neodesbravadores se encantaram com seu isolamento e beleza no local, que se desenvolve há mais de 50 anos. Hoje, quem visita Amalfi e toda costa batizada com seu nome encontra luxo, romance e badalação.

A cidade vizinha de Ravello, é a gavorita para um bate e volta a partir de Amalfi. E o local abriga um festival de música em homenagem a Richard Wagner, local que inspirou o alemão a compor um dos cenários de sua ópera Parsifal. Este ano de 2015, em sua 62ª edição, acontece entre 21 de março e 4 de maio. Em um auditório projetado por Oscar Niemeyer.


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