Costa Amalfitna
O século 9 marca o início dos "séculos
azuis" na Itália. Em plena Idade Média, cidades costeiras começaram a se
desenvolver graças ao comércio marítimo. A prosperidade econômica trouxe
independência política, e as chamada Repúblicas Marítimas, termo cunhado no
século 19 para denominar as cidades Amalfi, Pisa, Genôva e Veneza, mantiveram
forte intercâmbio com a países não europeus enquanto os outros Estados do
continente ainda permaneciam em suas próprias fronteiras. A autonomia das
repúblicas durou até o século 18, quando duas das últimas cidades livres
sucumbiram a Estados mais fortes.
A primeira a tornar-se independente (e
a primeira a cair, três séculos mais tarde) foi Amalfi, no ano 839, que em seu
auge, tinha 70 mil habitantes, número extraordinário e meio inacreditável ara
quem visita a diminuta cidade hoje (segundo o último censo italiano, de 2010,
menos de 6 mil pessoa vivem na comuna). Há pouco para se ver daquela época por
lá: um terremoto varreu para o mar construções e moradores encontram pedaços da
cidade antiga no mar, e os pesquisadores das universidades de Salerno e Nápoles
acreditam que um verdadeiro tesouro arqueológico ainda se esconde sob as águas.
Para os
turistas, se existe algum tesouro, ele já foi descoberto há tempos, encravado
nas montanhas e debruçado sobre costões ao longo de 34 sinuosos quilômetros de
estrada que separam três joias da região: Ravello, Amalfi e Positano.
A Amalfi superturística de hoje nasceu no início do século 20,
após centenas de anos de pobreza, deslizamentos de terra e invasões de povos
estrangeiros. Os neodesbravadores se encantaram com seu isolamento e beleza no
local, que se desenvolve há mais de 50 anos. Hoje, quem visita Amalfi e toda
costa batizada com seu nome encontra luxo, romance e badalação.
A cidade vizinha de Ravello, é a gavorita
para um bate e volta a partir de Amalfi. E o local abriga um festival de música
em homenagem a Richard Wagner, local que inspirou o alemão a compor um dos
cenários de sua ópera Parsifal. Este ano de 2015, em sua 62ª edição, acontece
entre 21 de março e 4 de maio. Em um auditório projetado por Oscar Niemeyer.
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